domingo, 26 de outubro de 2008

cíclico.


qual mérito existe senão pelo parâmetro através do qual faz sentido conferí-lo?
desta mesma, a que divaga: é cíclica a verdadedavida.

juntando pontos, quem é que garante a qualidade-fieldade da reta?
se posso assim - posso, claro! desde que escolha corretamente o prisma davaliação - afirmar:
sofismas e paradigmas são digressões vãs a propósito da amortização da bezerra [ou de um outro galináceo qq]...

videmorte/verdadinverdade se fazem um, atentantando-se aos pensamentos anteriores..

mas que tudo é assim, o amigo já deve saber.
porque viver ensina a ciclicidade [aoiehoaeihoeai] da vida.

a própria e mesma que eu já não quero aprender - diante do entender que é iminente a tal vocábulo.

fico assim, na ínfima eminência de tal divagação;& medespeço daquilo que outrora eu deixei de acreditar.

5 comentários:

~ Genaro disse...

só falta aprender a andar de bicileta :D

Anônimo disse...

É incrível como é inevitável transmitir uma "piada sisuda" sem ser, a todo custo, sisudo.

Deve ser um problema da linguagem essa nossa desafortunada cotação da palavra - em si - como fruto da
erudição da nossa sensibilidade que, à propósito, não tem propósito nenhum.

Mas como digressões são por si só um vácuo sem margens - não porque a elas lhes falte a satisfação e a
volúpia de se ter a finalidade ou uma utilidade que lhe complete, mas porque não conhecem economias nem perdas nesta sua maneira desequilibrada de seguir em suas trilhas e anos; neste seu impulso que não procura nada menos que um passeio nos planatos do imaginativo de incontáveis forças multidirecionais; uma excursão para o território do nada, e do nada devolta ao nada para recompor-se - elas seguem sorridentes na roda, e girando em círculos abnegados refluem como dois corações que se partem na vereda da aventura para então retornarem ao deleite da consonância; e depois voltando para outros passeios, para outras caronas, entrecruzando no espaço da vida, porque a vida não é espacial senão uma Grande Maneira-divagação.

É que as vezes nos fazemos assim de rudes ainda que saibamos não estarmos presos no chão; que escrevemos pra zuar a fúria minuciosa dos átomos, a fúria intempestiva dos neurônios e aquilo que é contrário à paz; que
complicamos com qualquer-palavra-bonita para descomplicar o aperto das emoções e explodir em riso o pasmo em nossos pulmões!

Parafraseando o velho Chaplin: se fores capaz de acreditar na minha brincadeira de dizer seriedades terás ouvido seriedades que teimo em dizer brincando...

No fim, tudo não passa de divagação pois a única garantia é a curvatura da reta; que sentido há em correr aqui e ali? onde quer que se vá, o que se levará, são as emoções, e as divagações, e o que se trará, são só as emoções, e as divagações, que somos nós; indo pra cima ou pra baixo, para leste ou oeste, tudo é curvo, nada é fora desta curvatura, e nada é também dentro dela, porque ela é sempre um arco que tende à sua abcissa, à uma ordenada que tem como começo, o próprio fim; esta ordenada somos nós. As experiências da história nada ensinam, como as possibilidades dos trajetos futuros nada comportam, porque são tudo uma recorrência. Que há em corrermos para o outro lado do oceano? A sensação de libertação que é uma digressão perante a qual nos sentimos "diferentes" ao ver um "outro" crepúsculo? Qualquer crepúsculo é crepúsculo.

Não é possível desembarcarmos de nós próprios e nossas divagações são o leme do mundo; são a metáfora de um caminho sem rastros que se acumula como ondas de energia em meio ao oceano do sensível, mas nunca como excesso e ao mesmo tempo jamais como escasso; sempre coadunando-se em seus orbitais efêmeros; não uma resposta para o reino do mistério, antes um mistério para o reino da dúvida e da incerteza, uma indagação que brinca consigo mesma e faz-se de aprendizado por nos fazer observadores realidade - não há que se atuar tanto na realidade, porque em nós está tudo, e tudo sempre retorna a nós.

Toda a Terra é substância das nossas imaginações; vivemo-la bem em nossas sensações, nos céus de nossas emoções e no chão solidamente flexível de nossas divagações, brincando aqui, brincando acolá, idiotizando aqui, complicando acolá; e no fim tudo é uma brincadeira pra entreter essa nossa indecência inaudita e colorida com roupagens não menos indecentes pra gente dançar esse samba cósmico e lácteo que se consome num mistério delirante, inexplicável, aconchegante.



E pra quem pensa que o negócio é só divagar, olha só um exemplo de extremismo:

"A névoa fazia redemoinhos sobre o rio quando um jovem mendigo acomodou-se nas suas margens para o pernoite. Repentinamente ele foi despertado por uma voz suave e olhando para o alto viu uma bela morena iluminada pelos faróis de seu Rolls Royce.
“Meu pobre homem”, disse ela, “você deve estar congelado e úmido. Deixe-me levá-lo até minha casa e abrigá-lo esta noite”.
É claro que o mendigo não recusou este convite e entrou no carro antes mesmo dela o fazer. Depois de percorrerem uma curta distância, o carro parou em frente a uma imensa mansão vitoriana. A morena saltou e acenou ao convidado para que a seguisse. A porta da mansão foi aberta pelo mordomo a quem a madame deu instruções para providenciar ao hóspede refeição, banho e uma cama confortável no quarto de hóspedes que estava disponível.
Algum tempo mais tarde, quando se preparava para repousar, ocorreu à dona da casa que o convidado poderia estar precisando de algo. Assim, dentro de seu negligee de seda ela apressou-se até o quarto de hóspedes. Ao dobrar o corredor uma fresta de luz atingiu seus olhos indicando que o hóspede estava acordado. Batendo suavemente na porta, ela entrou no quarto e perguntou ao jovem por que ele não dormia ainda.
“Certamente você não está com fome, não é?
“Oh, não, o seu criado me alimentou muito bem, obrigado.”
“Então, talvez a cama não esteja confortável o bastante?”
“Não, não, ela é macia e quente”.
Ah, então você deve estar precisando de companhia. Chegue um pouquinho para o lado...”
O jovem, moveu-se prazerosamente... E caiu dentro do rio!"

Anônimo disse...

genaro, o problema de andar de bike é quando a corrente fica escapando...
eu tive uma bicicleta daquelas cross em que a única coisa que hesitava em ser cíclica era a corrente!

ela saía tantas vezes e eu como um bom teimoso, me recusei a levar pro concerto e fiquei com tanta raiva que eu e um amigo meu subimos num predinho de tres andares e tacamos aquela filha da puta de lá de cima!!

pena que não acertou nenhum carro ahhahhahahaha


ps: isso não foi uma divagação.

~ Genaro disse...

D:

eu ainda prefiro a bicicleta saca?!
mas sem arremessa-lá de um prédio
a parada é tão mais simples
:D

Anônimo disse...

é verdade, mas bicicleta por canela, prefiro ir com as canela.
tenho certo trauma com bicicleta hiuahuahuahauh

e concordo com vc, a parada é bem mais simples, e é como eu sempre digo: o propósito da complexidade é não ter propósito nenhum.

portanto nada como sentir a brisa no rosto em cima de uma bicicleta e sentir a ciclicidade do passeio, ou mesmo ir andando a pé pra brisa bater com menos força e escapar no canto do rosto de mansinho.

agora vcs me dêem licença que vou dar uma voltinha por ai, não vai ser de bicicleta porque meu joelho tá fudido, mas tem um outro jeito mais tranquilo que vcs sabem muito bem qual é.

é isso aí.

fuizzzz